Artigo publicado no Semanal Alagoas Agora, edição de 12 a 22 de abril de 2018, ano 1.
* Marcos Antonio Fiorito
A ficção científica tem nos
apresentado um mundo futurista repleto de avanços tecnológicos e científicos
que tornam a vida dos seres humanos muito mais cômoda e prática. Porém muita
coisa que os filmes no passado retratavam a respeito do futuro já se tornaram
realidade no presente: telefonia celular, redes sem fio, comunicação sem custo
intercontinental (seja por voz ou vídeo), drones, naves ultrassônicas, TV slim,
internet e seu universo fascinante, carro elétrico, carro a hidrogênio, carro autônomo,
máquina de passar roupa, robôs que cozinham, robôs que cortam árvores, robôs
atendentes, estacionamento munido de aparato mecatrônico que empilha os carros
automaticamente, cadeira voadora, drone que transporta um homem, etc.
Porém a face cor-de-rosa da
tecnologia futurista começa a abalar e preocupar seriamente os humanos quando
os “profetas” da inteligência artificial apontam para o fato de que até 2030
metade dos empregos existentes hoje podem desaparecer. E para o CEO da
Mercedes, Daimler Benz, o panorama é ainda mais assustador: em 20 anos, 70/80%
dos empregos irão virar pó[1].
Não é novidade para ninguém que
os aplicativos de transporte de passageiros como o UBER, Cabify e 99 Táxi
enfureceram os taxistas e, sem dúvida alguma, os prejudicaram seriamente, ainda
que tenham facilitado a vida dos cidadãos. Porém os carros autônomos, dentro de
alguns anos, irão substituir todos eles, inviabilizando esse tipo de trabalho.
Para as empresas que detêm os aplicativos, isso se traduz em ganho 100%, já que
não precisarão dividir nada com os motoristas parceiros.
Atendentes robôs começam a ser
implantados em restaurantes de fast food,
diminuindo drasticamente o número de funcionários. Basta um ou dois que fiquem
no local a fim de monitorar e resolver situações imprevisíveis.
Veicula-se pelas redes sociais e
WhatsApp imagens de um robô cozinheiro que prepara pratos com espantosa
perfeição. Basta você escolher o prato do cardápio que em poucos minutos você
tem seu pedido pronto.
Máquinas voltadas para a área de
construção civil já são capazes de levantar paredes, rebocá-las e fazer todo o
acabamento, incluindo massa fina e pintura. No mesmo segmento temos as
impressoras 3D de tamanho gigante, capazes de fabricar uma casa inteira de até
40 metros quadrados, sendo que já estão trabalhando em cima de uma maior, que
pode “imprimir” uma casa com metragem superior.
Recentemente, uma câmera de
reconhecimento facial prendeu um criminoso na China durante um show com milhares
de pessoas. Inclusive óculos de reconhecimento facial começam a ser usados pela
polícia desse país munidos de um espetacular banco de dados.
Softwares desenvolvidos para o
seguimento de saúde e direito estão ameaçando concretamente os profissionais
dessas áreas nos EUA pela perfeição com quem ajudam a apontar diagnósticos e
soluções advocatícias.
Qual será o impacto disso tudo
dentro de alguns anos? Quantos perderão o seu emprego? Quanta infelicidade isso
gerará? Será que assistiremos, como nos filmes futuristas, hordas de seres
humanos vivendo miseravelmente nos subterrâneos das cidades enquanto a
superfície apresenta construções imponentes, ultramodernas, erguidas com
tecnologia de ponta e ostentando riqueza? Não levaremos muito tempo para
descobrir... Quem viver, verá!
* O autor é teólogo e escritor. | mfiorito21@gmail.com
[1]
Disponível em: <http://providersolutions.com.br/o-futuro-da-vida-pelo-ceo-da-mercedes-benz/?doing_wp_cron=1523741857.1905140876770019531250>.
Acesso em: 14 abr. 2018.
A tendência de todo esse avanço tecnológico certamente, terá seus benefício e consequentemente seus malefícios.
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